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Bombeiro Civil no RS: O Raio X da Profissão.


O número de pessoas habilitadas para a profissão de Bombeiro Civil cresceu significativamente no Rio Grande do Sul desde a promulgação da Lei Federal 11.901 em 2009, que ratificou a atividade profissional.

No entanto, esse aumento não se traduz em oportunidades de emprego na mesma proporção.

Após quase 15 anos da ratificação da atividade, o número de pessoas habilitadas ultrapassou a marca de 22.000, um aumento impressionante de 96% desde 2011, quando eram menos de 1.000 profissionais habilitados. No entanto, segundo dados do Ministério do Trabalho, apenas 4% desse total trabalha formalmente como Bombeiro Civil, totalizando menos de 1.000 profissionais em atividade no RS.

Um dos fatores que contribuiram para o aumento de pessoas "habilitadas" foi o crescimento das empresas formadoras, que saltaram de apenas 3 em 2009 para mais de 40 em 2024, um aumento de aproximadamente 93%. Além disso, as formações oferecidas de forma totalmente online, sem previsão específica dentro das normas atuais como também, empresas sem a classificação econômica específica contribuem para o aumento significativo do número de profissionais, sem necessariamente refletir em mais empregos.

Essa realidade resulta em um alto percentual de desempregados dentro da área prevencionista no estado, com apenas 4% das vagas ocupadas por profissionais habilitados, em um total aproximado de mais de 22.000 pessoas.

Apesar do aumento das proposições legislativas enfatizando a presença dos Bombeiros Civis em diversas áreas da sociedade civil no RS, os números crescentes refletem a necessidade de um olhar mais atento e expressivo sobre questões como fiscalização, regulamentação, cumprimento de normas e, principalmente, o combate à propaganda enganosa que muitas vezes atrai os desavisados para a realidade do mercado atual da profissão no Estado.

Vale ressaltar, que tramita em âmbito Estadual o projeto que regulamenta e dispõem regras sobre a formação de pessoas em âmbito da profissão bombeiro civil dentro das normas vigentes e das relações de consumo, visando o combate a formação desenfreada e sem critérios.

 



Dados de Pesquisa: ministério do trabalho e emprego; Receita federal; CNAE Classificação Nacional das Atividades Econômicas e levantamentos do departamento de pesquisa e estatística Febrabom realizada em fevereiro de 2024. 

 


 

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